





Sarau - O Quarto Tempo - No Recôncavo da Terra Sol - Sábado dia 27 de Junho de 2009 - a partir das 22hs
Gira o mundo...
Há algumas semanas comprei uma placa 3G. Por incrível que pareça, antes disso não tinha acesso à internet para fins pessoais. Trabalho com internet há anos e sempre a encarei com certa restrição, talvez pelo fato dela me lembrar muito o ambiente do escritório. Evitava-a completamente em outros ambientes. Com a placa e a responsabilidade de pesquisar bons sons e publicar aqui, essa história mudou um pouco. Aliás, mudou tudo.
Passo dias baixando e ouvindo músicas e fico um pouco abismado com o mundo de possibilidades que essa ferramenta traz. E não falo apenas de capacidade logística (downloads) infinitamente maior que teríamos a alguns anos, mas também na capacidade de conhecimento. Talvez minha constatação seja tardia e possa até estar chovendo no molhado, mas não poderia deixar de fazê-la antes de justificar a escolha da pauta dos próximos posts.
Sou um grande curioso, como todo bom geminiano, e me sinto obrigado a olhar tudo que eu imagine que exista. O que está obviamente exposto eu olho também, mas adoro descobrir o que está do outro lado, embaixo, em cima, um pouco mais pro canto, enfim, tudo.
Enquanto estava ouvindo algumas bandas para planejar as próximas colunas, apareceu no meu winamp uma banda japonesa de jazz/rock bastante interessante. Olhei para o restante da lista e só vi nomes brasileiros e americanos. Alguns ingleses, no máximo. De repente me passou pela cabeça que talvez pudesse existir música em outros lugares do mundo. Hehehehe... Googlei, e não é que existia mesmo! Rock no Japão, R&B afro-francês e outras coisas beeeeeeeeem diferentes.
Estou escutando muita coisa e com bastante calma, até para dar uma filtrada e, a partir desse post, gostaria de dividir com vocês algumas gratas surpresas.
Álbum: Otona
“Tokyo Jihen”, ou “Tokyo Incidents”, com certeza não é a banda de maior sucesso do Japão, apesar de dispor de uma base de fãs consideravelmente grande. A banda é o resultado da fusão entre uma cantora famosa e sua banda de apoio. Fato bem esquisito não fosse Shiina Ringo a responsável pela iniciativa. A cantora, conhecida pela sua excentricidade, resolveu, ao final da turnê de sua carreira solo de 2003, ser apenas mais uma na banda, dando assim, vazão para a capacidade criativa da turma que antes simplesmente a acompanhava.
Para saber mais:
Grande parte do material sobre eles está em japonês, mas tem uma breve descrição sobre eles no wikipedia (inglês):
http://en.wikipedia.org/wiki/Tokyo_Incidents
Para ouvir e ver:
01 - Himitsu (http://www.youtube.com/watch?v=N7O-IDGXRgE)
02 - Kenka Joutou (http://www.youtube.com/watch?v=ru-ciyUAZFI)
03 - Keshou Naoshi (http://www.youtube.com/watch?v=N3ZFymcEdWA)
04 - Super Star (http://www.youtube.com/watch?v=U0j6gFAO1cQ)
05 - Shuraba - Adult Version (http://www.youtube.com/watch?v=1wVT-ZtmPQ4)
06 - YukiGuni (http://www.youtube.com/watch?v=CIjRSNNfiQU)
07 - Kabuki (http://www.youtube.com/watch?v=fvbLLfF_Us8) – Cada um faz um solo!
08 - Blackout (http://www.youtube.com/watch?v=edAS_8vTBJI)
09 - Tosogare Naki (http://www.youtube.com/watch?v=fAVALFNwB98)
10 - Toumei Ningen (http://www.youtube.com/watch?v=uBuf8nV_k_4)
11 - Tegami (http://www.youtube.com/watch?v=_17RuIe3YGI)
Para baixar:
Consulte-nos! hehe
Caso você conheça uma “boa banda desconhecida”, mande-nos o nome ou algum material. Qualquer outra sugestão, dica, crítica, nos procure!
Próximo Post:
Les Nubians
Mullinari___________
04 17 18 25 83 99 ??
Contato!
Durante esse tempo que estive “ausente” tive a oportunidade de realizar uma boa pesquisa sonora. Fiz um trato, comigo mesmo, que ouviria o maior número de artistas possível para trazer novidades para esse blog, começando com o bom e velho rock. Cumpri o trato.
E merda muito bem enlatada: gravações excelentes, produções de primeira, com direito até a fusões de eletrônica com rock. Garotos quase todos iguais: rebeldes que cumprem moda! Personagens de comercial do Toddy: radicaaaaaaaaaaal!
hehehehehe
Isso mesmo. Três rapazes de pouco mais de 20 anos fazendo música instrumental, no Brasil, fora do eixo Rio-SP, conseguem em pouco mais de dois anos de trabalho chamar a atenção de quase toda a mídia especializada em música e, em 2007, virar destaque de uma revista como a Rolling Stone Brasil.
Como se não fosse o bastante, os caras conseguiram se inserir em um grupo muuuuuuuito pequeno e seleto: o “Álbum Virtual” da Trama. Discos disponibilizados na net de graça, mas que geram algum tipo de renda para os artistas através de patrocínio. O formato, ainda embrionário, pode vir a se estabelecer como solução de um mercado “pós-gravadoras”, uma iniciativa muito bacana que iremos retomar em algum post pra frente. De qualquer modo, lá estão eles, ao lado de Tom Zé (pioneiro da iniciativa), Ed Motta (estrela do cast da Trama) e CSS (talvez a banda “indie” mais bem sucedida dos últimos anos).
Toda essa ladainha porque descrever o som que eles fazem é extremamente difícil. A primeira imagem que se forma ao ouvir o álbum “Artista Igual Pedreiro” é de 3 caras colocando em som tudo aquilo que vem as suas cabeças. Nada extraordinário ou genial a princípio, afinal, quem toca algum instrumento sabe que a coisa mais gostosa do mundo é entrar num estúdio e deixar o “som rolar”. O impressionante é a coerência e coragem com que eles fazem isso. Conforme o álbum rola, você vai percebendo que se trata de algo muito maior do que uma simples jam e acaba mergulhando em um som sem caminho certo. É um filme que você não faz a mínima idéia de como vai acabar.
http://www.rollingstone.com.br/edicoes/8/textos/70/
http://www.conexaovivo.com.br/noticias/macaco-bong
Para baixar:
http://albumvirtual.trama.uol.com.br/
Ainda em tempo:
Som de outro mundo...
... na verdade do outro lado dele: Tokyo Jihen.
Mullinari___________
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