terça-feira, 31 de março de 2009

Depois do pôr do sol...


por Cako Luiz
Hoje não há palavras,
nem saudades,
nem o que se ver...
ou viver!

O vento sopra,
anunciando o Outono
que acaba de chegar!
Sozinho!
Sem você!

As folhas caem...

Não quero cantar...
Não quero sorrir...
Não quero sofrer...
Nem mesmo saber!

Agora, só resta parar
e esperar!
Quem vai chegar?!
Se vai voltar?!
Devo esperar?!...

Sentado,
Sozinho...
na grama...

Vendo as folhas caírem,
Depois do pôr do sol...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mulheres dos grupos étnicos


Índias, ciganas e tantas outras mulheres de sociedades étnicas em minoria têm pela frente a luta contra o preconceito dentro e fora do grupo


Por Letícia Veloso

No Brasil a comunidade indígena é considerada uma minoria étnica e, como a maior parte das minorias, sofre com a escassez de políticas públicas que incluem direitos básicos garantidos por lei.Neste contexto, estão as mulheres dos vários grupos indígenas que ocupam o território nacional, com seus hábitos, dialetos e costumes peculiares.

No âmbito do mercado de trabalho, há de se considerar a parcela de mulheres indígenas que exercem atividades profissionais,além da aldeia.Não se trata de uma quantidade considerável, pelo contrário, poucas dessas mulheres conseguem oportunidades de crescimento profissional.

Nota-se que as mulheres provenientes de grupos étnicos em minoria tendem a enfrentar preconceitos dobrados, se comparadas à população predominante. Basta partir do pressuposto de “exoticidade”,atribuída a culturas como indígena e cigana.No caso do povo indígena, torna-se um paradigma para a sociedade brasileira aceitar o índio como cidadão e, ignorar a visão romântica do Kaiapó nu correndo pelas matas.

Em relação às ciganas, o exótico persiste agregado ao preconceito. Não significa que a índia está isenta de sofrer discriminação, mas, no caso do povo cigano, a aversão existe no mundo inteiro e, perdura por séculos.Desde que chegaram à Europa, provavelmente vindos da Índia, causaram repúdio por onde se instalaram. Eram chamados de ladrões, assassinos e trambiqueiros. As mulheres ciganas eram tidas como bruxas, pervertidas e imorais.

Poucos têm conhecimento de que as ciganas fazem parte uma sociedade patriarcal, na qual o casamento é arranjado pelos pais e a noiva passa a pertencer à família do marido. São cultivados valores como respeito aos mais velhos, virgindade antes do matrimônio e fidelidade conjugal.Uma das obrigações atribuídas às mulheres incluem a leitura de mãos e o uso obrigatório do lenço na cabeça, em se tratando das casadas. Para a cultura cigana, a não-utilização do lenço significa desrespeito ao esposo.

Com base na organização social vigente na cultura cigana, dificilmente as mulheres terão oportunidades de desenvolvimento profissional.É inusitado ver uma cigana pegar ônibus todos os dias para cumprir a jornada de trabalho.Será que o preconceito deixaria que uma moça, assumidamente cigana, com os trajes típicos da cultura, fosse contratada?Ou será que para conseguir o emprego a mulher teria de negar as próprias origens?

sexta-feira, 27 de março de 2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

Depois do Inverno

Colhamos as flores, depois do inverno
Olhemos as cores
Deixemos os aromas tomarem conta
De nossas almas

Depois do inverno nascem as amizades
E tudo se torna eterno!

Tudo que se ama
Tudo que se quer

Corramos pela praia, depois do inverno
Água aos nossos pés
Vento contra o nosso corpo
Deixemos a vida acontecer

Tudo de novo
Tudo com gosto


Depois do Inverno é um conjunto de Poema co-relacionados, escritos em meados de agosto de 2005, em uma viagem feita a Búzios e Cabo Frio - RJ. Na ocasião tive a oportunidade de conhecer melhor a pessoa que me inspirou e motivou a fazer estes escritos. Por tanto ofereço de forma especial a Maria Lilian, a primeira mulher a ter contato com esse pequeno conjunto de poesias. Ofereço também a todas as mulheres afinal esses poemas também só existem por causa delas. (Pedras 04.03.09 Segundos 11.03.09 Vida 18.03.09 Depois do Inverno 25.03.09)

terça-feira, 24 de março de 2009

Assim viverei!



por Cako Luiz

Assim viverei...

Sem lamentar o tempo passado!
Nem os amores perdidos!
Viverei em cada beijo esquecido
Em cada adeus adormecido
Em cada lagrima caída!

Viverei em você!

Respirarei o mais profundo ar
Sentirei o suave perfume das flores,
Molharei-me nas gotas da chuva que cai
Nas águas límpidas dos doces riachos...
e lagos!
Caminharei sobre os verdes gramados
Dos parques, dos campos!

Repousarei no relento,
sob o infinito teto de céu estrelado,
rabiscado pelas mãos divinas de Deus!

Ancorado entre árvores,
Em minha rede,
Balançando metodicamente
Sorrindo do nada...
Chorando por nada!
Com o olhar perdido no horizonte!
Até que enfim eu me encontre!

E te encontre!

Assim viverei...
Até o fim de meus dias!

quarta-feira, 18 de março de 2009

A vida

A gaivota no ar
A pessoa no chão
O pouso
O puloA ave
A alma
A liberdade no ar
A liberdade no chão
A vida.

A vida!

terça-feira, 17 de março de 2009

Noite Esquecida


por Cako Luiz

Era noite esquecida, quando a "Fera" maldita
Saiu pra caçar!

Na selva de pedra, nos becos da vida
A "Fera" incontida, com ódio nos olhos
Encontra sua vítima,
(Menina perdida)
Um corpo a domar!

Um grito na noite!
Ela corre...
Sem saber onde está,
Ela chora e suplica!
A Fera não para,
Instiga!
E a longa caçada...
Sob a luz do luar
Há de continuar!

Encurralada,
Num beco sem saída
Acuada,
De joelho na calçada
Se pega a rezar!

Mas a Fera não se intimida!
E como uma besta ensandecida
Escarnece sem parar!

Vítima, sem forças
Se desmancha em lágrimas!
A Fera suas roupas...
Começa a rasgar!
Sentindo a essência,
Da pura inocência
(Imaculada!)
Prestes a findar!

Ela fecha os olhos
Um zunido no ar!

Silêncio!

A Fera entorpecida
Despenca, sem vida
Sem nada levar!

No corpo da Fera
(uma flecha)
Em ouro esculpida
Uma inscrição
Uma língua esquecida
Uma verdade antiga
Eterna oração!
Donde veio?!
Quem a lançou?!
O que importa!!

"Sua Fé lhe salvou!"

Era noite esquecida, quando a fera maldita
sua caçada cessou!!!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Trabalhadoras são maioria no comércio de SP





Segundo pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, as mulheres predominam nos empregos do setor de comércio




Por Letícia Veloso




Cerca de 55,1 % das vagas de emprego no comércio da Grande São Paulo estão com as mulheres, de acordo com pesquisa da Fundação Seade divulgada na semana passada. Os dados obtidos referem-se aos anos de 2003 e 2004.

Em geral, parte dessas trabalhadoras é responsável pelo sustento familiar. Em 1970, os homens eram maioria absoluta como chefes de família, cerca de 73% ocupavam cargos na área de serviços, contra 27,5% das vagas ocupadas por mulheres.

Segundo os dados apurados, as disparidades de salários entre homens e mulheres ainda são consideráveis. Outra informação destacada é a diferença de ganhos entre mulheres solteiras e casadas. Neste caso, as solteiras tendem a ganhar três vezes mais.



Complexas mulheres





Complicado citar nomes de almas femininas que despontaram, souberam propagar ideias, arte e se tornaram ícones por gerações. Pessoal, elaborei uma lista, acréscimos são aceitos, ok?

Anita Garibaldi
Anita Malfatti
Cacilda Becker
Carmem Miranda
Catarina, A Grande
Cecília Meireles
Chiquinha Gonzaga
Clarice Lispector
Elis Regina
Evita Perón
Indira Gandhi
Isabel Allende
Jane Austen
Joana D’Arc
Leila Diniz
Madre Teresa de Calcutá
Nilse da Silveira
Pagú
Raquel de Queiroz
Rita Lee
Simone de Beauvoir
Tarsila do Amaral

sábado, 14 de março de 2009

Pelo doce e estranho mundo de Olhinhos de Gato


Olhinhos de Gato nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901, filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, foi a única sobrevivente dos seus quatro irmãos. Olhinhos de Gato perdeu o pai antes mesmo de nascer e sua mãe foi ao encontro do Papai do Céu quando a menina completava três anos, sendo assim criada pela avó D. Jacinta Garcia Benevides, sobre as fatalidades familiares ela me disse:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."


Olhinhos de Gato, mais conhecida como Cecilia Meireles foi uma mulher sublime em sua vida, muito mais do que suas poesias cheias de detalhes que nos transportam ha um outro mundo rico em descrições ela foi mãe, mulher, companheira e batalhadora...lutou pela vida, pela poesia....por aquela palavra escrita que tanto encantou e encanta até hoje quem se dá a oportunidade de ler algum trecho, ou algum pedacinho do seu doce coração que é expremido em cada detalhe de sua rica obra. Falar sobre mulheres, e esquecer de Cecília Meireles, seria uma afronta contra o mundo da poesia, contra o nosso próprio Brasil. Resumir sua vida em um espaço virtual tampouco conseguiria colocar sua grandeza a prova, por isso, encerro aqui com um pedacinho da sua obra que de tão linda, me tira lágrimas dos olhos deixando uma sensação de aconchego e afeto em meu coração.

Improviso do Amor-Perfeito
Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados, e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe,
atrás do oceano que nos meus se alteia
entre pálpebras de areia...
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

Cecília Meireles



Nota: Olhinhos de Gato é uma obra de Cecilia Meireles que retrata sua infância com a avó colocada na história como Dentinho de Arroz.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Segundos

Meu próximo passo
é um segundo para a eternidade.
Vou como um deus, descobrir o que sou e como vou.
Na harmonia das coisas,
no pulsar do universo,
no bater do coração, no passo,
no próximo segundo.

No segundo das coisas rápidas,
dos necessários, descartáveis,
tangíveis e irrelevantes
No passo do passado aprendido
e no futuro desconhecido

No nascer e morrer da fagulha.
Segundos!

No tropeçar, na mão amiga,
no labirinto de coisas
sabidas e tédiantes.
No término dos amores,
na abertura dos novos,
na juventude conquistada
e na maturidade presente

No nascer e morrer da onda.
Segundos!

No ódio e amor
que sentimos indesejadamente,
no som da canção,
naquilo que não é mais do
que era antes em um momento atrás.

Tanto a aprender.
Tanto a ensinar.
Tantos segundos

Mais um momento!
O próximo segundo
é a eternização
memorável que me cerca,
me pinta e me faz ser arte
sobre o tempo e os homens

Mais um segundo
Mais um passo
Chego, mas não paro.

Depois do Inverno é um conjunto de Poema co-relacionados, escritos em meados de agosto de 2005, em uma viagem feita a Búzios e Cabo Frio - RJ. Na ocasião tive a oportunidade de conhecer melhor a pessoa que me inspirou e motivou a fazer estes escritos. Por tanto ofereço de forma especial a Maria Lilian, a primeira mulher a ter contato com esse pequeno conjunto de poesias. Ofereço também a todas as mulheres afinal esses poemas também só existem por causa delas. (Pedras 04.03.09 Segundos 11.03.09 Vida 18.03.09 Depois do Inverno 25.03.09)

terça-feira, 10 de março de 2009

O VERBO "AMAR"


por Cako Luiz

Nas linhas turvas
Eu teimo a riscar
Palavras,
Versos,
Um reverso


O verbo "amar".

Eu traço,
Transcrevo
Suspiros no ar,
Palavras flutuam
Viajam, figuram
Aqui e acolá!

Palavras tão lindas,
O verbo "amar"

O verde do mundo,
O azul do mar,
O colo da mãe,
O cheiro do ar
E a brisa suave,
Que vem acalmar!

Renova a rima
O verbo "amar"!

O sorriso do pai,
Alegria no lar.
A semente germina,
Esperança ensina
A vida não termina,
Em um último...
respirar!

Porque a vida é eterna
No verbo "amar"!

Um alguém que se foi,
Paixão não vivida.
(Vida dividida)
Na estrada da vida
Alma perdida,
Mas nunca vencida!

Renasce das cinzas
O verbo "amar"!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Inquietações de Sofia




Os instantes aterrorizadores, quando sucedem, transparecem caráter de eternidade.Impressionante como não me acostumara, a sensação é sempre um simulacro da insegurança, a impossibilidade do novo.



Intempestivamente, deparo-me com algo grandiosamente dotado de essência desafiadora, temo-o, anseio-o, todavia sou tomada por devaneios.Como se o cosmo enviasse uma mensagem subliminar, na qual conteria analogias à mágica que é a vida, pura e simplesmente desafiante.



Se recorro ao saudosismo, talvez seja uma espécie fulminante de terapia. Um artifício a fim de driblar o contexto insatisfatório.

Medito instantes mágicos, reflito situações corriqueiras e simultaneamente é possível estabelecer uma conexão com a mente e espírito.
Mentalizo palavras de força, elementos linguísticos que podem trazer paz a minha inquieta alma.



Algumas vezes, foi possível ter a sensação mínima de transformação espiritual, outras, mal conseguia concentrar-me, a todo instante os dilemas do cotidiano invadiam os pensamentos.



Nem por isso, pretendo abdicar-me de tão belíssimas entonações, palavras de luz, elementos primorosos.
Eis a senha:
Paz, amor, felicidade, equilíbrio,pureza, respeito e poder!

domingo, 8 de março de 2009

Música - 001

Mulheres.
Dia internacional das.

Tá... poderia falar aqui da história do dia. Poderia falar como isso começou... Exaltar a feminilidade... enfim... Poderia entrar de cabeça no tema de uma forma comum, afinal coube a mim escrever nesse dia “tão interessante”.

Não obrigado.

Prefiro analisar função/finalidade/sentido da data em si e falar um pouco da relação que tenho com o feminino, desse jeito, quem sabe consigo fugir um pouco do sentido capitalista da coisa.
Adoro a idéia de termos um dia para refletir sobre a questão. Um dia para TODOS juntarem energia em volta do tema e discutir as mudanças de paradigmas, para poder vislumbrar um novo momento. A pena é que datas assim sempre acabam virando produto e só. Até a idéia de homenagem vira um pouco obrigação. O sentido útil dessa data, num âmbito realmente internacional/mundial, só existirá quando for um dia de homenagem e reflexão. Muita reflexão.
Minha relação com o feminino?! Vejo-o em tudo. Somos filhos das mães, hoje em dia, muito mais do que dos pais. Acredito na “feminilização” da arte e dos costumes em geral. Acredito na evolução da espécie passando por esse estágio. Só assim talvez teremos um certo equilíbrio depois de tantos anos de predomínio masculino. Problemas?! Muitos. Distantes do equilíbrio?! Hehehehe... bastante! Acredito que precisamos aprender a TEMPERAR essa mistura de porções. A balança ainda pende hora muito para um lado, hora muito para outro.
Falar de homenagem é até sacanagem... e chover no molhado. De qualquer forma acho totalmente justa e necessária. Isso aprendemos bem a fazer. Precisamos agora, nem que durante apenas 5 minutos, inicialmente, a refletir sobre o quanto já conquistamos e o quanto/como conquistar mais.

Parabéns a todas.

(...)

Ok. Registro feito. Agora, música.

Vamos abrir falando dos Paralamas, eles que lançaram, neste último mês, um novo álbum: “Brasil Afora”. Após 4 anos desde o último de inéditas, “Hoje”, o trio carioca traz uma versão mais aberta e alegre de sua música.
Li várias críticas a respeito desse álbum insistindo nos termos “descompromissado”, ”solto” e outros nessa linha. A impressão que tive foi um pouco diferente. Há algum tempo vínhamos observando a banda um pouco sisuda, mesmo antes do acidente do Herbert. Vejo nesse álbum uma tentativa de retomar a linha e o espaço que eles conquistaram na década de 90 com um visual pra cima, um som cheio costurado por melodias de fácil digestão e letras nem tanto. Som cheio? Confere. Melodias fáceis, letras simples mas com um fundinho de engajamento? Confere. Energia? Não muita.
Grande parte da produção do disco passou pelas mãos de Carlinhos Brown que fez um trabalho muito bom. Em vários momentos tive a impressão de ouvir arranjos e até timbres do CD “Memórias, Crônicas e Declarações de Amor” da Marisa Monte. Coincidência? Hehehehe... Sei lá...


Para escutar, segue o link abaixo (só consegui ouvir usando o IE):
http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/cdcapa.php?artista=Paralamas-do-Sucesso&album=Brasil-Afora&codcd=010765-7

Quem também lança álbum de inéditas são os senhores do U2: No Line on the Horizon. Senhores sim, ultrapassados não. Com todos integrantes adentrando a casa dos 50, o U2 mostra que ainda sabe soar atual e que está de olho no que acontece no mundo da música.
Menos rock que “Vertigo” e com um som inchado com sintetizadores e reverbs, “No Line” traz uma tendência oitentista que não é mais novidade para ninguém e de algum modo estamos até já estamos nos acostumando a ver por ai. Cabe dizer que se trata de um estilo muito técnico e poucos conseguem se aventurar por esse caminho com competência suficiente para não parecer piegas. De qualquer modo, toda essa influência não tem nada a ver com saudosismo particular dos “senhores - rapazes” do U2 e sim com uma tendência geral. Ponto pra eles. Acertaram mais uma vez e devem engordar mais ainda os já inchados bolsos.

[Às vezes fico me perguntando se isso é genialidade ou boa assessoria: os caras estão há alguns muitos anos lançando disco atrás de disco e sempre conseguem ser coesos com a atualidade, diferente de alguns outros tiozinhos que vemos por ai. Genialidade e personalidade ou dinheiro e disciplina? Sei lá... o resultado é bom.]

Enfim, o álbum acabou “vazando” na net (redes P2P) e com pouco esforço é possível consegui-lo (uma possível ação de marketing?).


(...)

Ainda em tempo...
Macaco Bong... na próxima trago alguma coisa deles...

Mullinari___________
04 17 18 25 83 99 ??

sábado, 7 de março de 2009

"Entre a parede e a espada, me atiro contra a espada".

...e no nublado dezessete de março do ano de 1945, nasceu a mulher que viria mudar a vida de muitos, seu nome?

- Elis Regina Carvalho Costa -

a pimentinha que conquistou o Brasil com sua voz potente, seu jeitinho tímido e seu sorriso resplandecente.

Elis Regina nasceu na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, onde começou a carreira como cantora aos onze anos de idade em um programa de rádio para crianças chamado O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego. Revelando enorme precocidade, aos 16 anos lançou o primeiro LP da carreira.

Em 1960 foi contratada pela Rádio Gaúcha, e em 1961 viajou ao Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro disco, Viva a Brotolândia. Lançou ainda mais três discos, enquanto morava em Rio Grande do Sul.

Em 1964, um ano com a agenda lotada de espetáculos no eixo Rio-São Paulo, assinou um contrato com a TV Rio para participar do programa Noites de Gala; é levada por Dom Um Romão para o Beco das Garrafas sob a direção da dupla Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, com os quais ainda realizaria diversas parcerias, e um casamento com Bôscoli em 1967. Acompanhada agora pelo grupo Copa trio, de Dom Um, canta no Beco das Garrafas, o reduto onde nasceu a bossa nova, e conhece o coreógrafo americano Lennie Dale, que a ensinou a mexer o corpo para cantar, tirando aquele nado que ela tinha com os braços.

Participa do espetáculo Fino da Bossa organizado pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, que ficou conhecido também como Primeiro Demti-Samba, dirigido por Walter Silva, no Teatro Paramount, atual Teatro Abril (São Paulo). Ao final do mesmo ano (1964) conhece o produtor Solano Ribeiro, idealizador e executor dos festivais de MPB da TV Record. Um ano glorioso, que ainda traria a proposta de apresentar o programa O Fino da Bossa, ao lado de Jair Rodrigues. O programa, gravado a partir dos espetáculos e dirigido por Walter Silva, ficou no ar até 1967 (TV Record, Canal 7, SP) e originou três discos de grande sucesso: um deles, Dois na Bossa, foi o primeiro disco brasileiro a vender um milhão de cópias. Seria dela agora o maior cachê do show business

Durante os anos 70, aprimorou constantemente a técnica e domínio vocal, registrando em discos de grande qualidade técnica parte do melhor da sua geração de músicos.

Patrocinado pela Philips na mostra Phono 73, com vários outros artistas, deparou-se com uma platéia fria e indiferente, distância quebrada com a calorosa apresentação de Caetano Veloso: Respeitem a maior cantora desta terra. Em julho lançou Elis.

Em 1975, com o espetáculo Falso Brilhante, que mais tarde originou um disco homônimo, atinge enorme sucesso, ficando mais de um ano em cartaz e realizando quase 300 apresentações. Lendário, tornou-se um dos mais bem sucedidos espetáculos da história da música nacional e um marco definitivo da carreira. Ainda teve grande êxito com o espetáculo Transversal do Tempo, em 1978, de um clima extremamente político e tenso; o Essa Mulher em 1979, direção de Oswaldo Mendes, que estreou no Anhembi em São Paulo e excursionou pelo Brasil no lançamento do disco homônimo; o Saudades do Brasil, em 1980, sucesso de crítica e público pela originalidade, tanto nas canções quanto nos números com dançarinos amadores, direção de Ademar Guerra e coreografia de Márika Gidali (Ballet Stagium); e finalmente o último espetáculo, Trem Azul, em 1981, direção de Fernando Faro. Data desta época a frase: Neste país só duas cantam: Gal e eu.

Foi Elis quem também lançou boa parte dos compositores até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros. Um dos grandes admiradores, Milton Nascimento, a elegeu musa inspiradora e a ela dedicou inúmeras composições.



Causando grande comoção nacional, faleceu aos 36 anos (Por ingenuidade) em 19 de janeiro de 1982, devido a complicações decorrentes de uma overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica. Foi sepultada no Cemitério do Morumbi em São Paulo.





Isso é somente uma pequena parte do que foi Elis Regina. Ela vive: na memória, nas rádios e no coração de cada ser que teve a oportunidade de conhecer um pouquinho do que sua grande alma foi capaz de passar a todos através da sua música, sua força e seu espontâneo jeitinho de ser. Só quem conhece sabe, e quem quer conhecer vai entender o que representa essa mãe, artista, mulher....e menina que de tão pimentinha, aguçou o paladar do mundo com sua música.


"...viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa..."

quarta-feira, 4 de março de 2009

Pedras

Depois de todas as pedras!
Depois de todos os passos!
Depois!

Vi a beleza do nosso passado
Do lenço ao vento
Do beijo

Do beijos não beijado
Mas quem pode dizer que não?

Depois de todas as pedras!
Depois de todos os passos!
Depois!

Vi que nos encontramos
Na memória um do outro
No encanto

No encanto dos sentimentos
Que pairam no ar

Depois de todas as pedras!
Depois de todos os passos!
Depois!

Vi que desejavamos
A mesma beleza
O mesmo encantamento
Contido no lenço
No beijo
No sentimentos
Enfim nas pedras!

Depois do Inverno é um conjunto de Poema co-relacionados, escritos em meados de agosto de 2005, em uma viagem feita a Búzios e Cabo Frio - RJ. Na ocasião tive a oportunidade de conhecer melhor a pessoa que me inspirou e motivou a fazer estes escritos. Por tanto ofereço de forma especial a Maria Lilian, a primeira mulher a ter contato com esse pequeno conjunto de poesias. Ofereço também a todas as mulheres afinal esses poemas também só existem por causa delas. (Pedras 04.03.09 Segundos 11.03.09 Vida 18.03.09 Depois do Inverno 25.03.09)

terça-feira, 3 de março de 2009

Ah, Venus!!!


Ah, Venus!!!

por Cako Luiz

Perdido em seus abraços
(Totalmente protegido)
Me sinto de novo criança
Renovo minhas esperanças
Aqui, no seu ventre querido.

Te vejo ao longe
sob a luz do luar
cerro meus olhos....

Para tão belas formas vislumbrar!

És musa, és tentação
Verdade que não se tem!
Te busco todas as noites
(nas costas arde o açoite)
Rasgada nem sei por quem?!

Seu carinho me transforma
Quando a chuva lava o chão.
Disfarçando, tão bela libido.
Abraçados, corrompidos
Hoje, um amor proibido,
Pecado da criação.

Atrelado ao passado
De um amor que não se tem
Em verdade eu vos digo
Como outrora, cálice perdido
o Santo Grall esquecido
Pregado na cruz por alguém!

Seus olhos penetram a noite
Uma esmeralda ao luar
Lapidando vidas perdidas
Tal qual Venus querida
Um sonho a se conquistar!

Cansado...
mas não derrotado
te vejo
tão longe
sob
a luz
do
luar...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Devaneios na alma feminina




As feridas da vida podem destoar manchas que desmontam a essência feminina.

O tempo é o senhor supremo e, com ele, marcas e cicatrizes culminam num anseio de liberdade ou tão somente a busca insana pela paz de espírito.

Como distinguir a plenitude de meras sensações banais que culminam em prazeres superficiais e crenças inconsistentes?

Como diferenciar amor de paixão? Como saber se a ilusão sobrepôs o real?

As respostas são simples, estão nas mentes e corações inquietantes de cada mulher.