Vou para as noites de Orfeu
Beberei e beberei
Até que minha alegria transborde
Até que meu corpo embriagado dance
E passe a noite, sobre outra noite
E a hora sobre outra hora
E todas as coisas que me são tão próximas
Atirarei a minha própria sorte
Para que aqueles que me amam
O façam intensamente
E os que me desprezam, me esqueçam
Como uma onda que se vai na praia
Vou rasgar as vestes que me agridem
Que me corrompem
Deixarei a minha verdadeira roupa a mostra
Estarei nu, para dançar a música de Orfeu
Para me deixar solto aos caprichos da canção
Vou olhar nos olhos ardentes
Daqueles que querem de mim
Que a festa seja festa
E que eu seja o palco
O cenário perfeito
A cortina escancarada
O riso despojado
Os pés saltitantes que se fincam na terra
Vou pegar a moça e o moço
Dançarei com eles, os farei dançar
Por que assim como eu, Orfeu
Que em noites de festa
Não para um só momento
E suas cordas, sua boca, sua mente.
Tudo canta na alma de Orfeu!
Mas a festa, ainda que boa
A noite ainda que lua
A moça ainda que tua
Queira repassar todos os cantos
E todos os contos, não poderá!
Beberei e beberei
Até que minha alegria transborde
Até que meu corpo embriagado dance
E passe a noite, sobre outra noite
E a hora sobre outra hora
E todas as coisas que me são tão próximas
Atirarei a minha própria sorte
Para que aqueles que me amam
O façam intensamente
E os que me desprezam, me esqueçam
Como uma onda que se vai na praia
Vou rasgar as vestes que me agridem
Que me corrompem
Deixarei a minha verdadeira roupa a mostra
Estarei nu, para dançar a música de Orfeu
Para me deixar solto aos caprichos da canção
Vou olhar nos olhos ardentes
Daqueles que querem de mim
Que a festa seja festa
E que eu seja o palco
O cenário perfeito
A cortina escancarada
O riso despojado
Os pés saltitantes que se fincam na terra
Vou pegar a moça e o moço
Dançarei com eles, os farei dançar
Por que assim como eu, Orfeu
Que em noites de festa
Não para um só momento
E suas cordas, sua boca, sua mente.
Tudo canta na alma de Orfeu!
Mas a festa, ainda que boa
A noite ainda que lua
A moça ainda que tua
Queira repassar todos os cantos
E todos os contos, não poderá!
(por Luciano Carvalho, produzido para o Sarau: Noites de Orféu - Meu Universo, Meu Silêncio Minha Música em Dezembro de 2005. Essa poesia ofereço especialmente ao artista João Paulo Santos, que foi o primeiro a interpretar um texto de minha autoria. Ali foi um começo de uma história que já tem um passado significante, onde agradeço a muitas pessoas. Entre elas a belissima forma em que o João execultou essa poesia).
Lu, bela inspiração! Orfeu nos embriaga e nos faz sonhar!
ResponderExcluirBjsss
Que lindo, Luciano! Eu já tinha me esquecido tão bela! Que bom poder ver de novo!
ResponderExcluirComo sempre, nos presenteando com belas palavras!!
ResponderExcluirCara, isso ficou show...muito bom mesmo...
"Vou rasgar as vestes que me agridem
Que me corrompem
Deixarei a minha verdadeira roupa a mostra
Estarei nu, para dançar a música de Orfeu
Para me deixar solto aos caprichos da canção"
essa é a parte que mais gostei!!!
grande abraço e la vai meu plagio de novo..
bons ventos..rs
Nossa,adorei!ja, nem me lembrava o qanto esse seu texto é lindo!
ResponderExcluirAh!E obrigado, pela dedicatória!