quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Meu Mar

Assim percebo que sou,
não outra coisa
Se não barco ancorado,
no mesmo lugar
No mesmo porto
A espera do que não se sabe
Do que não se tem

Há espera
Mas me vale tudo isso!
E encho-me de uma esperança
E preciso encher-me, de tal forma
De tal jeito, que já não sei

Estendido na imensidão do mar
Esperando cada onda, cada maré
Cada temperatura

Meu mar, meu mar!

Já e teu meu barco
Minhas viagens são para ti
Escorro-me tão somente
Pelas suas veias
E são elas que me conduzem
Por onde me guio
Por onde vou.

Por: Luca Neves escrito em: 29/04/06.
Por todas as coisas que buscamos e desejamos.

3 comentários:

  1. Parabens Luca, muito lindo e tão profundo quanto o mar que voce descreve...
    Um abraço

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  2. Nossa, Lu, que desepero! Isso sim é que é um grito silencioso! rs!

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  3. ...A espera do que não se sabe
    Do que não se tem...

    Enche os olhos....cutuca o coração!!
    Palavras, e mais palavras...
    Feliz aquele que sabe expressar tanto sentimento em tão poucas palavras..
    Feliz vc, Luca....possuidor desse dom!!
    Que vc nunca pare de compartilhar ele com nós!!
    Congratulations!!

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