Por Letícia Veloso
O carnaval de hoje é uma grande indústria repleta de luxo e glamour das milionárias escolas de samba. O maior espetáculo da Terra é status, um rentável negócio apoiado no turismo que movimenta milhões de reais no Rio, Salvador e Recife, disputados destinos da folia. Este é o contexto da indústria cultural que molda valores, padroniza hábitos e influencia gerações inteiras.
Excessos de saudosismos à parte, gostaria de viajar no tempo e presenciar o carnaval em sua essência.Quem sabe encarar os blocos que invadiam as ruas e vielas tomadas por foliões fantasiados num ânimo contagiante. As folias seriam repletas de leveza e simplicidade ao som da pioneira Chiquinha Gonzaga e suas primeiras marchinhas, bases de um ritmo marcante, o choro .
De volta ao plano físico, o que restou de antes? Nota-se que no século XXI os conceitos estão deturpados, o erudito se isola e o popular se confunde com a cultura de massa, produto de nossa geração. Estamos numa crise de identidade?
Ou quem sabe, num contexto anamórfico criamos uma identidade mutante, que se transforma e se molda sempre influenciada pelo modismo, diga-se passageiro, que muitas vezes não acrescenta nada, só deforma o que se levou decadas pra se criar!
ResponderExcluirTenho pena dos nossos filhos....
É verdade Cako, o que restará para as futuras gerações?
ResponderExcluirQuais serão as questões daqui a 50 anos?
Letícia Veloso
Muito nos falta, como seria bom se antigos costumes fossem novamente valorizados, porém a situação ficaria mais fácil se tentassemos mudar alguma coisa, nem que seja com uma conversa, ou uma demonstração do que foi a essência desse tempo! Talvez isso ajude, pelo menos um pouco (a nossa parte) o blog ajuda a fazer e trazer reflexões não é mesmo? Adorei o Post Le! Parabéns! ...Bons ventos
ResponderExcluirQue bom que gostou, Filipe! O blog traz todas essas reflexões, né? Precisamos, ao menos sentir suavemente as folias do passado!
ResponderExcluirBons Ventos !!!!
Acho que no fundo estaremos sempre em crise de identidade. À medida que as coisas vão mudando, velhos hábitos vão se tornando arcaicos e às vezes fica difícil acompanhar o ritmo das mudanças. Aí, crise.
ResponderExcluirA única coisa que, na minha opinião, não mudou e não vai mudar é a capacidade que o dinheiro tem de transformar valores sólidos em coisas relativas. É a famosa história do "pagando bem..."
É verdade, amiga.
ResponderExcluirMindo capitalista! Tudo tem um preço.rssss